Aconteceu ontem (26), no auditório do Siemaco São Paulo, um encontro com sindicatos filiados à UGT-SP para debater a Reforma Previdenciária que tramita no Congresso. O vice-presidente da UGT nacional e presidente da FEMACO e FENASCON, Roberto Santiago participou do evento e coordenou os trabalhos ao lado de Moacyr Pereira e André Filho, presidente e tesoureiro do Siemaco São Paulo.
Além da polêmica e nociva Reforma Previdenciária, os participantes debateram um tema muito importante, aumentar a representatividade trabalhista no Congresso Nacional, afinal com a brusca redução da bancada, projetos como a Reforma Trabalhista e da Terceirização foram aprovados sem a devida atenção na Câmara e, com isso, os trabalhadores estão com os seus direitos cada vez mais ameaçados.
“Precisamos implementar a discussão política no meio sindical. É preciso conversar e conscientizar os trabalhadores sobre a importância da representatividade no Poder. Afinal, os trabalhadores estão votando em pessoas que, definitivamente, não os representam”, alertou Santiago, anunciando sua pré-candidatura a deputado federal.
Com uma vasta experiência política, Santiago já teve dois mandatos na Câmara dos Deputados, foi presidente de uma das comissões mais importantes da Casa – a CTASP (Comissão do Trabalho), além de presidente da CDC (Comissão de Defesa ao Consumidor), é reconhecido como um dos 100 mais influentes parlamentares do país e, atualmente é o primeiro suplente da coligação.
Sobre a Reforma Trabalhista, Santiago afirmou que é preciso estabelecer critérios para as mudanças e entender exatamente como está a questão financeira da Previdência Social. Salientou a importância do movimento sindical brasileiro como o maior movimento social do Brasil.
O presidente da UGT – SP, Luiz Carlos Motta, também afirmou concorrer a uma vaga no Congresso para fortalecer a bancada sindical e a luta pelos trabalhadores brasileiros.
O tesoureiro da UGT-SP, Rogério José Gomes, Chiquinho Pereira, do sindicato dos condutores e Daniela Souza, diretora do Siemaco e Secretária da Juventude da UGT-SP, também marcaram presença no evento e ressaltaram a necessidade da representatividade trabalhista no Congresso, bem como os prejuízos que os brasileiros estão sofrendo com a aprovação de projetos como os da Reforma.
As palestras
A pesquisadora do Dieese, Patrícia Pelatiere, resumiu os principais tópicos da Reforma Previdenciária, atualizando a proposta original com as alterações já realizadas. Provando que que as perdas serão muito grandes, prejudicando a sociedade e trabalhadores.
Caso aprovada, a Reforma Previdenciária acabará com o sonho de uma aposentadoria igualitária. “Ela propõe mudanças amplas na Constituição Federal e minimiza a importância da Previdência Social como uma das principais políticas públicas do Brasil”, disse.
O presidente do sindicato dos aposentados, Natal Leo, mostrou as 9 alterações, 10 maldades e 7 possíveis mudanças ordinárias que poderão ser legalizadas por medidas provisórias. Lamentou que milhões de brasileiros poderão ser prejudicados.
Finalizando o debate, o vice-presidente da UGT-SP, Amauri Mortagua, ilustrou com vídeos a realidade que precisa ser enfrentada e conclamou os colegas: os sindicalistas precisam reagir contra a Reforma Previdenciária. “Nada substitui o boca a boca!”, convocou.
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